Gilmar Mendes e diretor da PF pregam contra anistia em evento da OAB em Madri
Andrei Rodrigues destacou que as penas não podem ser revogadas por ‘capricho político’; Ricardo Lewandowski optou por não se pronunciar sobre a questão
Fellipe Sampaio/STF

Gilmar Mendes argumentou que o caso seja "entregue aos tribunais"
O ministro Gilmar Mendes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestou sua posição contrária a qualquer tentativa de anistia relacionada aos eventos ocorridos em 8 de janeiro. Mendes enfatizou que a questão deve ser resolvida pelo Judiciário, sem interferências externas. Ele acredita que as punições devem ser aplicadas de forma justa e que não devem ser influenciadas por interesses políticos. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, compartilhou da mesma opinião, destacando que as penas não podem ser revogadas por “capricho político”. Rodrigues ressaltou a seriedade dos crimes cometidos, que vão desde tentativas de assassinato até ações que ameaçam a integridade do Estado de Direito. Para ele, é fundamental que os responsáveis sejam devidamente punidos.
Os dois participaram de um evento organizado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Madri nesta segunda-feira (5), que vai até quarta-feira e aborda questões como segurança jurídica e jurisdição constitucional. Para participar do seminário nos três dias, as inscrições foram vendidas por R$ 9.000, com mais de 300 inscritos e membros da cúpula da Justiça brasileira.
Gilmar Mendes argumentou que o caso seja “entregue aos tribunais”, apontando que a questão deve ficar apenas no âmbito judicial. “Acho fundamental que esse crime fique entregue aos tribunais. A eventual condenação ou absolvição dos responsáveis por esse episódio todo. Demos passos significativos. Até pouco tempo, falávamos que só os executores tinham sido atingidos. Agora, percebemos que também a cúpula desse movimento foi atingida.”
Por sua vez, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, optou por não se pronunciar sobre a questão da anistia, uma vez que o assunto está sendo debatido tanto no Legislativo quanto no Judiciário.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias