O ex-CEO da Americanas, que vive em Madrid, na Espanha, chegou a ser preso em junho deste ano mas foi liberado no dia seguinte. Ele não pode deixar o país. Gutierrez teve seu nome incluso na lista de Difusão Vermelha da Interpol por ter sido considerado foragido. A decisão atual do TRF2 diz que Gutierrez não é e não foi um fugitivo da Justiça brasileira “visto que saiu do país quando não vigorava qualquer medida judicial que o impedisse”.
Guitierrez é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de articular esquema de fraude na contabilidade da empresa. Segundo as investigações, o ex-CEO e outros colegas, inflaram os números da Americanas, o que rendeu a estes executivos bonificações vultosas, além de valorizar as ações da rede de comércio varejista.
As investigações apontam que ex-membros da diretoria da rede venderam R$ 287 milhões em ações antes que fosse anunciado, em janeiro do ano passado, o rombo de R$ 25,3 bilhões no balanço da empresa devido a “inconsistências contábeis”. A descoberta levou ao enquadramento dos ex-executivos por crime de uso de informações privilegiadas, além de outros delitos sob suspeita na Operação Disclosure.